Djanira Luz dj@
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O COMEÇO NO FIM (BVIW)

 

Primeiro vem aquela dor na garganta por querer prender choro. Depois as lágrimas saltam apressadas e quentes dos olhos. Por fim, a dor vai dando lugar à conformidade. Término costuma ser assim.

 

No fim de tudo há um começo. Já pensou nisso? No fim do inverno, inicia-se a primavera. No fim das aulas ou do trabalho, férias. No fim de um dia, outro. Fim de um relacionamento afetivo, abre-se a chance para novo enlace ou tempo para reflexão.

 

De certo, também, quando é hora da separação, depois de dias aproveitando a família nas festas de fim de ano, bem provável que uma dorzinha da saudade, misturada com os objetos e as lembranças boas, volte na mala. E a experiência ao finalizar a leitura de um bom livro? A sensação de pertencimento no enredo, e a vontade de permanecer nas páginas que mais agradou, é legítima.

 

Tudo o que foi listado acima revela que nem todo fim é ruim, sinaliza uma transição. Mais ainda, mostra a forma como a pessoa suporta os finais. Quando se tem maturidade emocional, a aceitação torna-se menos difícil. A borboleta entende bem esse processo. É dolorido o fim da Era lagarta, mas a transformação é recompensadora e linda!

 

 

Tema proposto pelo BVIW - Quando chega o fim (crônica)

 

(BVIW - *BECOMING VERY IMPORTANTE WRITER/ "Tornando-se um escritor muito importante").

Djanira Luz
Enviado por Djanira Luz em 24/01/2023
Alterado em 24/01/2023
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