LAMENTO E AÇÃO
Ainda estou sentida com a tragédia de Petrópolis. Quem viveu uma experiência igual, como eu em 2011, entende bem desse sofrimento. A dor do outro me faz chorar, mas além disso, me move a encontrar soluções e ajudar com mais eficiência.
Quando vi as cenas da tragédia de Petrópolis, em especial aquela em que os passageiros dos ônibus tentavam escapar, senti grande angústia. E me perguntava se as pessoas que estavam fazendo a filmagem não teriam uma corda grande e resistente, assim poderiam ao menos tentar salvar a vida de algumas daquelas vítimas em aflição e perigo. Tenho em casa uma corda, e mais que nunca estou em alerta, caso alguém precise de socorro, ao menos minha família e eu tentaremos fazer algo. É angustiante ver e não ter como ajudar!
Voltando para as imagens dos ônibus, me ocorreu também a ideia de sugerir aos engenheiros mecânicos para criarem um sistema com mecanismo inflável, em caso de alagamentos, quando as águas atingissem as rodas do transporte urbano, esse sistema impediria que o ônibus afundasse. Imagine quantas vidas poderão ser poupadas com essa engenharia. Sei que sou um grãozinho de areia, sozinha minhas ideias não passam de desejos ingênuos, mas se alguém que tenha condições de fazer algo e colocar em prática estas sugestões, então será possível fazer o bem para tantas pessoas.
O meu desejo é o de não sermos somente espectadores das tragédias, mas participantes na construção de algo prático e funcional para o bem comum. E é importante, inclusive, que as prefeituras atentem para as construções em áreas de riscos. Não adianta criticar depois da destruição, e sim combater e construir moradias em locais seguros para as famílias carentes. Porque as encostas, os morros, os monólitos não destroem apenas as casas simples, mas toda a cidade. E isso pode ser um mal evitável. As chuvas fazem seus estragos, mas é o ser humano que coloca a própria vida e a do próximo em risco. Que tenhamos mais respeito com a vida e com o lugar em que habitamos.
Deus nos proteja, e que tenhamos consciência da nossa responsabilidade, a fim de não padecermos com eventos naturais. E mais que lamento, haja ação.