O ASSALTO DA TOLERÂNCIA & TAL (BVIW)
O ASSALTO DA TOLERÂNCIA & TAL
Eram amigos. Desde o ventre materno. As suas mães se encontravam para conversar nos bailes reais, e engravidaram com dois meses de diferença. Filipa nasceu em junho. Eduardo, abril. O menino cresceu em um lar mais rigoroso. Exigiam dele, desde bem novo, a responsabilidade como sucessor dos Athiagnes. Era sisudo, porém espirituoso. Adorava a prima. Ela, seu oposto, era detentora da maior liberdade e otimismo que se vira em todo o Reino. Alegre e destemida.
Os primos foram incumbidos pelo Rei Henrique de levarem ao Futuro um patrimônio extraordinário. Passaram por um portal aberto pelo Mago Absalém. Durante o trajeto, foram perseguidos por saqueadores, que subtraíram algumas de suas mercadorias, mas nem tudo se perdeu. Ao abrirem o baú de preciosidades, puderem conferir o que fora preservado.
— Ah, que bom, Eduardo — disse Filipa —, ainda temos Amor, Esperança, Fé e Respeito!
— Perdemos, no entanto, a Ética, a Tolerância, a Humildade e a Paz! — lamentou Eduardo.
— Não se preocupe, primo querido, a gente vai espalhar Amor pelo Novo Mundo e, com certeza, ele irá resgatar todos os bons princípios, pois eu li no Livro mais antigo da Biblioteca Régia, que o amor cura e transforma. Ele é mágico!
Animado com as palavras de Filipa, Eduardo lhe abraçou, desejando que tudo ficasse bem para os habitantes do Amanhã. Satisfeitos com a missão cumprida, os jovens retornaram ao castelo com os corações cheios de bons desejos.