SEDUZINDO LEITORES (BVIW)
Certa vez, comecei a avaliar um livro e acreditei que apenas três ou quatro páginas seriam lidas naquele momento. Quando percebi, estava no último parágrafo, e lamentando ser o fim. Considero assim um bom texto, o que me prende na segunda linha, e me provoca o desejo de ler sem parar.
Para um bom texto, na minha crítica, deve-se evitar uma linguagem elaborada em exagero, restringindo, desta forma, o gosto para um público seleto, pois há escrito que passa a impressão de que o autor quer demonstrar todo o seu conhecimento, toda a sua inteligência, tornando a leitura entediante. Já a criatividade e o ineditismo o tornam mais estimulante — se há humor, então, melhora muito.
Há, ainda, o tipo de texto prolixo, o que diz muito, mas pouco transmite. Limito-me às primeiras palavras, logo desisto de continuar. Outro ponto que se deve levar em consideração é o da identificação. O leitor gosta disso, de se encontrar no meio do conteúdo. Quando ele vê semelhança no cenário ou na personalidade, então o texto terá grande chance de cair em sua preferência: o autor lhe terá conquistado o coração e a mente.