Djanira Luz dj@
As Palavras Que Criam Vida...
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INVEJA DAS ASAS ALHEIAS (BVIW)
 
Uma tortura frequente era acordar com os berros da Isaldina. Berros aqui no sentindo animal irracional, porque a pessoa em crise nervosa perde a humanidade. Tudo para ela não estava bom, aliás, ninguém era bom o suficiente para as suas exigências exacerbadas.

Fico imaginando como ela está neste isolamento social! Deus me ama! Convenço-me. E eu serei grata até o fim dos meus dias por Ele ter me tirado daquele lugar tóxico. Na verdade não era o lugar, o bairro é que abrigava uma pessoa tão negativa.

Ninguém quer ser como ela. Aposto nem mesmo ela gostaria. Todo esse jeito desagradável pode ter raízes no passado. Faltou amor. A revolta costuma desenvolver a inclemência. Isaldina morria roxa de inveja dos colegas de trabalho. Pelo o que eram ou possuíam. Até hoje sinto medo de pessoas invejosas, porque inveja acumulada se transforma em ódio. E mata. Lembra do Caim? Então!

Reza a lenda, que o por inveja das asas dos pássaros, o rato virou morcego, mas se achou tão horrendo, a partir disso só sai da gruta à noite. Oriento, tenha cuidado com sentimentos nocivos para não se metamorfosear em rato alado! Ao invés da inveja, vibro para que tenham admiração.
Djanira Luz
Enviado por Djanira Luz em 11/08/2020
Alterado em 11/08/2020
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