Djanira Luz dj@
As Palavras Que Criam Vida...
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DIFERENTES IGUAIS (BVIW)
 
Havia um tempo que não se viam, aliás, centenas de Luas se passaram nessa distância. E o reencontro foi aquela coisa toda de olhos brilhando, coração saltitante, riso solto pelo simples fato de se ouvirem e de se olharem. Por falar em olhar, amor era o que se podia ver nos olhos deles. Que amor! Quanto amor! Amor acumulado, amor de esperas, amor sufocado, amor guardado.

Eram iguais e diferentes. Iguais na intensidade de amar. Diferentes no jeito de ser. Ela, doçura. Ele, o Homem-Pedra da Marvel. No entanto, ao lado dela, o bronco era gentil, educado, um gentleman! Com sua delicadeza, ela conseguia manter a relação confortável. Ambos se queriam muito bem. Acontece que a distância criara uma brecha, e nesse espaço havia muita sensibilidade, algum receio, medo, certa insegurança. Ela, apesar de toda gentileza, quando ele, movido à lógica, disse-lhe algo que a deixou sentida, rebateu com firmeza:

- Então, esquece!

Ele ficou num misto de tristeza e aborrecimento, mas como bem a conhecia, no fundo achou engraçadinho, e entendeu que o ciúme algumas vezes aparece na relação. E como iria esquecê-la se não conseguiu em tantos anos passados? Esse amor é tipo que não se descarta, mas se reconquista a cada dia, e se leva para vida inteira. “ - Bobinha...” – Pensara ele.
Djanira Luz
Enviado por Djanira Luz em 28/04/2020
Alterado em 28/04/2020
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