É complexa e indecifrável. Cabe uma enciclopédia, ou melhor, um Google de respostas sobre todas as coisas. Incrível como acumula tanto saber em pouco espaço! Nunca para de funcionar. Em sonho se organiza para os compromissos do dia seguinte. Pensa no melhor, e no pior. Há vários tipos dela. Sendo zen, relaxa na filosofia da gratidão eterna. Tudo permite, sem brigas ou impor limites. A autoritária inibe, reprime, coíbe. Detentora de toda razão. A verdade pertence a ela, e ai de quem duvide disso! Tem aquela que parece um HD abarrotado de preocupações desnecessárias. Sofre em demasia com o futuro,  pune-se pelo passado, e não aproveita as delícias do presente. Cabeça de mãe é mesmo meio doida. Uma tempestade de emoção e sentires que só Freud explica como uma mulher consegue ser terna, lúcida, materna, e forte ao mesmo tempo. Cabeça de mãe cabe tanta gente! Do marido aos filhos, netos e agregados. Guarda tanta lembrança. Não esquece uma data importante. E se magoa quando não lembram algo de si. Esta dupla rege a cabeça de mãe – fortaleza e fragilidade. Sabe ser forte nos momentos tão difíceis, e se fragiliza com as situações mais banais. Cabeça de mãe cabe o mundo inteiro, e desconfio, seu coração fica lá, porque é onde diuturnamente estão todas as pessoas que ela ama em profusão.