Tonhão era conhecido como valentão. Nem era tanto assim. Zé Piau, o amigo pescador, sabia de um segredo só deles. Tonhão morria de medo de assombração! Nunca passou em frente da casa da falecida Vó Cida, a feiticeira, como era apelidada na cidade. Vários fatos estranhos foram postos na conta da velha por sua crença de raiz africana. Provar ninguém provou, mas a fama para o túmulo Vó Cida levara consigo. No bar, Zé Piau subiu no PALCO, e desafiou: - Pago duas caixas da sua breja preferida se passar em frente da casa da bruxa, Tonhão! - Nem por todo ouro do mundo! RIQUEZA alguma me fará passar por lá! Dina, noiva do valentão, não via hora de se casar. Algo, porém, mudaria para sempre o seu final feliz. O pai da noiva, além de boas PRENDAS, deu o melhor que os noivos desejam. Durante o jantar, quando anunciou que comprara a casa da Vó Cida para o casal, dos olhos da filha rolaram RESPINGOS de emoção. A casa era linda com quintal espaçoso. Já Tonhão, ficou roxo, se engasgou, deu a desculpa de uma emergência, e saiu apressado. O pavor foi tanto que nunca mais voltou na cidade. Preferiu largar a noiva a ter que conviver com almas penadas na casa da feiticeira. Dina ficou desolada sem saber a razão do abandono. Zé Piau sabia, mas amigo bom guarda muito bem segredos...