Eram irmãos. Breno e Bruno. Gêmeos. Idênticos. Só na aparência, em ideias eram avessos. Bruno, uma simpatia! Sentia alegria em ajudar as pessoas, mesmo sem que lhe pedissem. Já Breno, vivia criticando o irmão por seu jeito: “- Parece bobo, gastando energia e tempo com estranhos!”. Não adiantavam as palavras ácidas de Breno, Bruno nunca permitira que nada nem ninguém modificasse o seu interior, e o modo como escolhera viver. Certa ocasião, Breno voltando do trabalho, entrou por uma viela com luz fosca, havia ali uma entidade espiritual, e lhe pediu uns trocados. Bruno com desdém, respondeu: - Vai trabalhar, vagabundo! E apressou os passos. Chegando em casa, ao abrir o portão, deu um mal jeito na mão direita. Sentiu uma dor horrível! Viu na rua um senhor maltrapilho, deixou o orgulho de lado, e pediu ajuda. Ouviu uma voz cavernosa que o assustara: - Vai te ferrar, maldito! Negaste ajuda, agora vais conviver com a mão torta, e de hoje em diante serás tu a precisar de ajuda do próximo! Enquanto não modificares o que está torto no teu coração, tua mão não voltará a ficar normal! Breno quis ofender o homem, a dor freou-lhe o ímpeto do revide malcriado. Depois desse evento, o rapaz começou a respeitar o sofrimento alheio, e reconheceu que o irmão Bruno é que estava certo no seu jeito de ser. Fazer o bem nunca faz mal!

Tema: "Ajuda aí!"