Era uma vez uma menina que tinha sonhos nos olhos, e na mente a fantasia fervilhava. Quando o jinge dos desenhos da Disney anunciava mais um conto encantado, ela corria com o mais pueril sorriso aconchegando-se na poltrona da sala. Amava a magia das fadas, duendes, princesas e bruxas. Foi através desses encantamentos, e da liberdade de viver o imaginário criativo que cresceu sabendo muito bem escolher entre o bem e o mal, entre o ético e o desonesto. Hanna não cresceu querendo ser bruxa, princesa nem fada, quis ser ela mesma com as escolhas que fazia à medida que crescia, e sua mente se alargava para amplas possibilidades. Mulher feita, embora a magia estivesse bem viva dentro em si. Era a capacidade de sonhar, de criar um mundo particular que enriquecia sua vida, e animava-lhe as horas vazias. Não fosse o peso da bagagem de sonhos que conservava em seu olhar para enxergar pessoas e situações por um prisma singular como ela fazia, a vida poderia ser monocromática com poucas chances de alcançar as estrelas ou de colher sorrisos. Hanna sabia que uma boa dose de encanto é relevante para enfeitar a vida de cores e alegria, além da capacidade de abrir portas na mente para descobertas fantásticas com viagens inimagináveis. A magia para ela é combustível que a leva por vias inéditas de infinitas esperanças!