Djanira Luz dj@
As Palavras Que Criam Vida...
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GAROTA APIMENTADA!
Já não aguentava ter que me esconder no banheiro por causa daquele cliente inconveniente! Precisava dar um jeito dele largar do meu pé dizendo querer ser meu namorado.
Num jantar com a diretoria do banco, eu soube que aquele rico cliente detestava pimenta desde o dia em que esteve na Bahia provando dos quitutes da baiana e passou mal com a quantidade do tempero nos alimentos. Disseram-me às gargalhadas que o pobre do cliente ficou tão mal, pois despelou e quase perdeu as preguinhas do ânus. Desde aquele dia nunca mais comeu nem sequer cominho!
“-Eureka!” Foi o que pensei. Havia descoberto um meio de afugentá-lo de vez de mim. Na terça-feira quando chegou mais uma vez com aquela conversinha apaixonada, eu aproveitei e disse:
- Ah, mas você sabe que meu é baiano? Então! Para entrar na família precisa ser, segundo meu pai, macho que come pimenta. Lá em casa até a sobremesa leva pimenta. Chocolate com pimenta, uma delícia! E a bebida também arde. É aguardente!
Notei que a expressão do rosto dele mudou de repente. Cheguei a perceber um brilho de suor na sua testa e certa palidez nos lábios. Vendo que surtia efeito, prossegui:
- Ah, meu pai faz uma moqueca de camarões caprichada no dendê e na pimenta que é uma maravilha, você precisa provar!
Ele tossiu forçado e falou:
- Aham ! – Pigarreou. – Olha minha linda, um dia eu vou. Agora me dá uma licença que tenho compromisso e não posso me atrasar... Tenha um ótimo dia!
Uma amiga me contou tempos depois que ele havia mudado a investida com as meninas. Já não falava da cor dos olhos, do sorriso, dos cabelos. Nada disso. A primeira coisa que perguntava e deixavam elas intrigadas era:
- Meu anjo, você gosta de pimenta?
Se a resposta fosse positiva, ele fazia a fila andar... O tempero da baiana havia traumatizado o pobre cliente rico!
GAROTA APIMENTADA!
Já não aguentava ter que me esconder no banheiro por causa daquele cliente inconveniente! Precisava dar um jeito dele largar do meu pé dizendo querer ser meu namorado.
Num jantar com a diretoria do banco, eu soube que aquele rico cliente detestava pimenta desde o dia em que esteve na Bahia provando dos quitutes da baiana e passou mal com a quantidade do tempero nos alimentos. Disseram-me às gargalhadas que o pobre do cliente ficou tão mal, pois despelou e quase perdeu as preguinhas do ânus. Desde aquele dia nunca mais comeu nem sequer cominho!
“-Eureka!” Foi o que pensei. Havia descoberto um meio de afugentá-lo de vez de mim. Na terça-feira quando chegou mais uma vez com aquela conversinha apaixonada, eu aproveitei e disse:
- Ah, mas você sabe que meu é baiano? Então! Para entrar na família precisa ser, segundo meu pai, macho que come pimenta. Lá em casa até a sobremesa leva pimenta. Chocolate com pimenta, uma delícia! E a bebida também arde. É aguardente!
Notei que a expressão do rosto dele mudou de repente. Cheguei a perceber um brilho de suor na sua testa e certa palidez nos lábios. Vendo que surtia efeito, prossegui:
- Ah, meu pai faz uma moqueca de camarões caprichada no dendê e na pimenta que é uma maravilha, você precisa provar!
Ele tossiu forçado e falou:
- Aham ! – Pigarreou. – Olha minha linda, um dia eu vou. Agora me dá uma licença que tenho compromisso e não posso me atrasar... Tenha um ótimo dia!
Uma amiga me contou tempos depois que ele havia mudado a investida com as meninas. Já não falava da cor dos olhos, do sorriso, dos cabelos. Nada disso. A primeira coisa que perguntava e deixavam elas intrigadas era:
- Meu anjo, você gosta de pimenta?
Se a resposta fosse positiva, ele fazia a fila andar... O tempero da baiana havia traumatizado o pobre cliente rico!
Djanira Luz
Enviado por Djanira Luz em 25/06/2009
Alterado em 27/06/2009
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