Djanira Luz dj@
As Palavras Que Criam Vida...
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 BRIGA DE MULHER...


Parece que a galera fica assim num êxtase assistindo cenas tórridas de arranca-rabos. Ô, racinha que gosta de ver uma briga! 

- Quando a língua não resolve, eu desço o braço! – Bradou Bia alterada.

- E eu não sou mulher de botar o rabinho entre as pernas e correr fora, eu encaro, sua horrorosa! – Revidou Ana.

Briga de mulher, briga de colegas de escola junta gente para ver. Ninguém quer saber de separar briga de mulher. A turma fica mesmo é atiçando, pondo lenha na fogueira:

- Puxa o cabelo! Aperta o bico do peito! Arranha! Morde! Dá tapa na cara!

Ana e Bia eram do terceiro ano do Ensino Médio e disputavam a companhia do belo Jair para irem ao baile de formaturas.  E ele, o belo das belas enfurecidas, não estava nem aí para a briga delas. Aliás, ali ele estava, porém, não moveu um dedo mindinho para separá-las. Jair parecia deliciar-se com aquela contenda. Afinal, qualquer homem se envaidece ao sentir-se objeto de desejo.

Depois de se esbofetearem à vontade, de desalinharem os cabelos e as ideias, de borrarem os batons e as índoles, de jogarem no chão corpos e vergonhas, apareceu o inspetor para apartar a briga.

Zezão ainda pôde ouvir da multidão dos alunos: " -Ah, estraga prazeres!" Olhando para os alunos, ele disse:

- Que abusrdo vocês atiçando uma briga, deveriam era apaziguar, seus incitadores! E voltando-se para as meninas, ordenou:

- Direto para a secretaria!!!

Não adiantou se exporem ao ridículo com aquela briga pela disputada de companhia para o baile de formatura... Jair preferiu ir com a meiga Dany.
 

Djanira Luz
Enviado por Djanira Luz em 06/06/2009
Alterado em 08/06/2009
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