Djanira Luz dj@
As Palavras Que Criam Vida...
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A DESGASTANTE E COMPENSADORA ARTE DE SER MÃE...


Apesar de ser mãe, eu me sinto tão filha... A obrigatoriedade de educar me assusta. Não é fácil ser mãe. É fácil ter filhos, educá-lo é uma árdua e desgastante tarefa. Não, não estou reclamando de ser mãe, estou é sendo sincera e mais transparente possível.  Já sentiu ou viveu isso em algum momento?

Quantas vezes eu disse para minhas irmãs:

- Eu queria ser a tia dos meus filhos...

"- Nossa, que isso! Eu é queria ser mãe deles... São uns amores!" – Disse-me uma delas.

- Acontece que enquanto mãe preciso ser pulso firme, certas coisas que vocês fazem não posso fazer por que, por mais que eu os ame, preciso por um limite em tudo o que faço e vocês não... Podem aproveitá-los bem mais do que eu pois não tem a obrigação de educá-los. Com vocês é só diversão e liberdades como eu fui com meus sobrinhos...

Elas entenderam minha posição e viram com outros olhos a vontade revelada de ser tia dos meus filhos.

Enquanto se pode “domar” os pensamentos de uma criança, puxa... É só maravilha ser mãe. A partir do ponto em que a criança começa com os “por quês” da curiosidade, aí a coisa muda de figura!

Fico imaginando que foi assim que Eva ficou depois de ter provado do fruto proibido, cheia de curiosidades, cheias de perguntas e por quês... E acho que se Deus a expulsou do Paraíso não foi pelo fato dela ter desobedecido, mas  para que ela fosse em busca das suas respostas, uma vez que eram tantas as suas indagações... Na falta de uma mãe no céu que lhe desse as respostas como nós mães terrenas, Deus-Pai permitiu que ela mesma encontrasse as suas.

Bem, mas eu vim falar de filhos enquanto mãe! Penso que se meus filhos fossem só meus, os conduziria com maior facilidade. Quando digo só meu, quero dizer se eles viessem só com o meu DNA... Acontece quando se casa a gente põe os DNAs no liquificador e nasce um serzinho totalmente avesso aos nossos costumes e hábitos. 

Sei do que gosto e do que repudio, eu me conheço. Agora o que vai na cabeça dos filhos desconheço. Posso imaginar, nem sempre acerto. Se os filhos viessem só com meu DNA, talvez eu os conduziria melhor por terem os mesmos pensamentos meus, talvez...  Quantas vezes já obtive como resposta por querer fazer as vezes de telepática:

“- Mãe... (Cara de irritado) Por acaso virou adivinha? Pensa que é Deus?”

Não, não sou adivinha  e não tenho pretensões de ser Deus...

Então, com o tempo descobri que a única linguagem que une o passado que sou com o futuro que são meus filhos, é a linguagem que permanece em qualquer tempo, em todo lugar e que é a única forma capaz de fazer com que ser mãe seja a coisa mais linda e compensadora neste mundo.

Encontrei uma aliada poderosa que tem me ajudado a superar diferenças, a vencer barreiras, a me sentir tão mais mãe a ponto encurtar distâncias entre meus filhos e eu. Eu descobri que para ser mãe, uma boa mãe preciso valer-me unicamente da LINGUAGEM do AMOR...
                          

                                        

Djanira Luz
Enviado por Djanira Luz em 04/05/2009
Alterado em 04/05/2009
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