CARÊNCIAS...

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Carências...

Cada um sabe das suas necessidades, das suas vontades para se sentir acalentado, amado...

Precisa-se de colo, carinho, quem sabe um ninho.
Precisa-se de paciência que suporte as ausências.
Precisa-se de consolo, de um abraço e uma fatia de bolo.
Precisa-se de um anel, de um afago, um beijo doce de mel.
Precisa-se de enredo para revelar os segredos.
Precisa-se de fé, acreditar no que se quer.
Precisa-se de calor da união, da família, do amor!
Precisa-se de esperança, no olhar da criança.
Precisa-se de moral para cuidar do capital.
Precisa-se de afinidade para sentir saudade.
Precisa-se de confiança, para formar aliança.
Precisa-se do leitor, para existir o escritor...

O mundo está carente de atenção, afeto, moral, justiça, segurança. No entanto, parece que ninguém dá importância para isso.

O mundo está com pressa de chegar. Com medo de perder tempo. Vai atropelando sentimentos, engolindo a imoralidade, digerindo a violência, tolerando a barbaridade.

Com tantas carências, o homem perde decência e a coerência. Há de chegar o dia em que todo o mundo tenha a necessidade de reconstruir, de parar, de voltar atrás. De lembrar que somos seres humanos, racionais.

Precisa-se crer, ter fé. Fé em Deus, pois sem fé somos passíveis a atitudes das mais crueis possíveis. E por não se ter moral, achamos que toda a violência, falta de ética e decadência, é normal.

O mundo não deve habituar-se a transgressão humana, mas sim, resgatar valores esquecidos, adormecidos no desenho colorido das nossas recordações.