Djanira Luz dj@
As Palavras Que Criam Vida...
Textos
A HERANÇA AMALDIÇOADA DA BRUXA - Da série ACONTECEU COMIGO!
Quando chega outubro, sinto aquele arrepio correr pelas minhas costas até a nuca. Preciso partilhar, e você será meu cúmplice...

Minha avó era uma bruxa. Não dessas bruxas que virou moda, estilo de vida, Wicca. Não. Era bruxa mesmo. De feitiços macabros. De pactos com o demônio para ter longevidade, dinheiro, bom casamento... Essas coisas do “submundo” da magia. Coisa séria! Dos netos, ela demonstrava predileção por mim. Virei xodó dela. Pelos meus cabelos lisos cor de mel, pelos meus olhos de chorona, (fui uma menina chorona). Cresci sensível. Acho bom porque é um alerta natural. Se existe alguém ou alguma situação desagradável, consigo captar e evitar situações constrangedoras.

Ninguém sabia deste lado obscuro da vovó. Só fiquei sabendo que ela era bruxa, depois daquela visita reveladora...

                                       ***

Bem, mas o que me aflige é que poucos meses antes de morrer, minha avó me chamou e disse o que agora revelarei e que me atormenta há muitos anos:

- Dorinha, meu bem, venha cá...- disse com sua voz grave, mas com certa doçura.

Aproximei-me escabreada. Leitor...Vou falar baixinho para você, encoste seu ouvido aqui:  “Eu tinha medo dela! Muito medo...”  Porque ela era séria, tinha voz grossa e isso para criança é assustador. Então falei:

- O quê foi, vó? – Evitava olhar-lhe nos olhos com medo que ela    brigasse comigo. Ledo engano... Aquilo seria pior que uma bronca...

- Escuta o que a vovó vai fazer por você. Hoje você tem cinco anos, mas chegará  o dia em que você se tornará uma bela mulher e muitas pessoas poderão odiá-la pela sua simpatia. Eles farão isso consciente ou não.

- Por que, vó, as pessoas não gostam de gente grande? – Naquela idade não absorvia o que minha avó Alana queria dizer.

- Não, meu bem, são pessoas invejosas... – ela deu uma pausa e gritou – ... EU NÃO VOU DEIXAR QUE FAÇAM MAL A VOCÊ!!!

Tive medo e vontade de correr dali, mas ela segurou-me pelo braço com sua mão magra, porém forte suficiente para me paralisar e continuou falando alisando os meu cabelos longos:

- Quando você se tornar mocinha, quando descer sua primeira regra, fora o  homem que por amor, ficar zangado com você;  a pessoa que praguejar, invejar, odiar ou falar mal de você, vai abrir uma ferida na perna que crescerá e somente você poderá curar com a própria saliva. Você terá que pôr a saliva diretamente da sua boa, não pode depositar em lenço, papel copo, nada, só terá efeito se for direto da sua boca...

Não havia entendido nada, aliás, nem estava dando importância, queria mesmo era sair dali para brincar com minha prima. Meus pensamentos estavam lá nas novas bonecas Susi que ela havia comprado...

- Entendeu Dorinha? - Perguntou minha avó.

Balancei a cabeça em sinal de sim. Nisso minha mãe chega dizendo:

- Dorinha, sua prima Rosi está na sala esperando por você.

Saio correndo, mas sou impedida pela minha mãe que me repreende:

- Dorinha! Que modos são esses?  Volta e vá já pedir benção para sua avó!

Fico vermelha de vergonha e acato as ordens de mamãe:

- Bênção, vó! – e dou um beijo. Minha vó, segura minha mão, olha nos meus olhos e fala:

- Fica tranqüila, Dorinha... – disse dando uma pausa para a tosse, puxou-me para mais perto dela e falou nos meus ouvido- ...Vou deixar uma carta e no dia certo, vai entender tudo que falei hoje.

                                           ****

Passaram-se muitas primaveras e também as minhas... Quando, aos 11 anos, me formei; minha avó já havia falecido. Estranhamente, uma senhora negra, cabelos brancos, magra, enrugada, aparentando mais de oitenta anos, apareceu na minha casa. Estava sozinha, pois minha mãe tinha ido às compras e aproveitar para trazer mais absorventes, pois a partir daquela data, seríamos duas a fazer uso.  Olhei pela janela e meu corpo tremeu ao deparar-me com aquele vulto por detrás do muro. Ela usava uma touca cinza e um vestido longo florido com flores roxas. Pedi que aguardasse e fui atendê-la. Estava desconfortável com aquele absorvente, pois era primeira vez que usava algo assim. Era estranho, incomodava.

- Pois, não senhora... – disse forçando um sorriso, pois aquela senhora tinha um quê de mistério, o mesmo ar oculto que pairava sobre a minha falecida avó.

Sem rodeiros, aquela senhora foi direta e objetiva com suas palavras:

- Escuta menina... Quero dizer “moça”. Você ficou menstruada hoje, certo?

Estranhei aquela indagação. Além da minha mãe, ninguém mais sabia daquela novidade... Imaginei então que ela estivesse ali para entregar-me o absorvente. Talvez mamãe conhecesse aquela senhora.

- Como a senhora sabe? – respondi com outra pergunta.

Ela fez menção de riso e continuou:

- Preste atenção e não me interrompa até que termine de falar, está bem?

- Tudo bem... - respondi receosa.

- Vim a mando da sua avó Alana. Ela pediu que entregasse a carta no dia de hoje quando viesse sua primeira regra. A carta é para você ler sozinha e ninguém poderá saber o conteúdo dela. Nem seus pais, namorados, amigos e mesmo quando casar, ninguém deverá saber. NUNCA! Se você revelar o conteúdo desta carta, a pessoa que ficar ciente morrerá...

Estava confusa com aquela confissão. Alguma coisa naquelas palavras era familiar... Foi então que lembrei que minha avó havia dito alguma coisa sobre uma carta e sobre “regra”. Era isso! A carta seria entregue quando eu me formasse! Gelei.

- Senhora... Como ela sabia que era justo hoje? – questionei.

A velha olhou para mim com olhar gélido e num tom sério, ordenou:

- Dora, não se esqueça de queimar a carta depois de lê-la e não fala nada para ninguém. Lembre-se do que recomendei!

- Mas, apenas diga senhora... Como minha vó sabia o dia certo – insisti.

- Magia... Magia negra avançada que ela usou para saber, mas pagou um preço alto demais – disse a senhora com olhar assustado – pagou com a própria vida!  A senhora se engasga, começa a tossir, pede um copo d’água.  Vou para dentro de casa buscar. Quando volto com a água, não encontro ninguém.

- Que esquisito... – falo comigo mesma. Entro e começo a ler a carta.

As poucos, como se tivesse com cinco anos, vou lendo a carta e lembrando do dia em que minha vó falou para mim o conteúdo da carta. A mente é uma maravilha! O cheiro, o sabor, uma palavra nos leva de volta ao passado. Revivi aquele momento. Ao final da carta, havia um escrito: “Você receberá esta carta pelas mãos de Jussara, caso ela revele alguma coisa sobre mim, terá uma morte assombrosa. Faço isto para que você acredite na gravidade das minhas palavras, Dorinha.”

Chorei de medo, de saudade da minha vó e por ter que carregar para sempre aquele segredo. Seria pesado demais para guardar sozinha. Sabia que não poderia ser diferente. Obedeci. Queimei e jurei para mim mesma que ninguém jamais saberia sobre o conteúdo daquela carta...

Mais ou menos uma hora depois, minha mãe chega com a vizinha Tiana comentando sobre uma senhora que faleceu.

- Coitada daquela senhora, naquela idade ter uma morte tão feia... – lamentou Tiana.

- Quem, Tiana? – quis saber.

- Não conhecemos. Era uma senhora negra de oitenta anos ou mais que foi atropelada, a língua dela ficou caída no chão. Um horror!

Quase desmaiei. Mamãe e Tiana acreditavam ser vertigem da primeira menstruação, mas eu sabia que o motivo era outro...

- Uma senhora que estava com um vestido preto com flores roxas? – perguntei.

- Ué, como você sabe? Viu ela? – assustou-se mamãe.

-É... Estava no quintal e a vi passando na rua, parecia mesmo sem rumo. – disfarcei.

- É por isso que eu falo que idoso não pode sair por aí sozinho. É perigoso! – disse Tiana.

- Nada disso, Tiana – disse mamãe – tem idoso que é mais lúcido do que nós duas juntas!

Dissimulei minha preocupação, mas por dentro estava muito abalada.  Pensei que foi por ter me revelado como minha avó soube o dia certo da minha primeira menstruação que aquela velha senhora foi morta... A minha avó não estava blefando! Eu precisava tomar cuidado e nunca, jamais revelar o meu segredo para outra pessoa.

Que estranho aquilo tudo que aconteceu de verdade. A carta.  As recomendações. A morte horrível daquela mulher...


                                                         ***

- E lá vem a Dorinha! – cochichou Rubi para Melaine.

- Pára de perseguir a Dorinha, Rubi! Ela é bem legal. – repreendeu Melaine.

- Por causa dela, o Brás me deixou. – confessou Rubi.

- É, mas a Dorinha nunca quis nada com ele e nem quer! – debochou Melaine.

Passo pelas meninas, cumprimento. Percebo o olhar negativo de Rubi e compreendo a razão, embora não aceite. Todos sabem que meu coração pertence ao Roger, jamais daria atenção a outro garoto. Estou com dezoito anos e namoro Roger há um ano. Ele é tudo de bom para mim.

             Mesmo ciente da relação estável entre Dorinha e Roger, Rubi nutre por ela um ódio mortal. Rubi só não imagina que isso possa custar-lhe caro... Muito caro.

                                            
                                         ***


Duas semanas depois...  Numa quinta-feira.
            

Melaine e Sarah conversam e noto que parecem preocupadas, aproximo-me delas e pergunto:

- Tudo bem, meninas? Parecem aéreas...

- Oi, Dorinha... – responde Sarah – é a Rubi... Ela está, desde ontem, com febre alta que não baixa.

- Ela foi ao médico? – perguntei.

- Sim, está tomando até antibiótico. – informou Melaine.

- Foi sério, então... - concluí – mas o que o médico disse?

- Ele não entende porque a febre não quer ceder – disse Melaine – e pediu uma bateria de exames.

- Poxa... Espero que ela melhore logo... – disse.

- Meninas,  vamos que a aula já vai começar. – avisou Sarah.


                                                                 ***

              Sexta-feira


No dia seguinte estranhei que além da Rubi, Sarah e Melanie também não foram ao colégio. Espero a hora do intervalo para saber o que pode ter acontecido.

Encontro Roger que comenta:

- Oi, benzinho! Soube o que aconteceu com sua colega de aula?
- Com a Rubi?  Ontem fiquei sabendo que estava febril... Por quê? – questionei.

- Do nada, apareceu uma ferida na perna dela, precisamente na canela e está crescendo a cada dia. O local da ferida está escurecendo. Quem viu diz que é medonha e malcheirosa. – Roger comentou com piedade.

- Meu Deus, Roger! E agora? Como vai ser? O que posso fazer?!- apavorei. Sabia o motivo daquela ferida. Rubi me odiava por causa do Brás e a única forma de curá-la era difícil de convencer alguém.  Não podia revelar para ela, senão ela morreria. Como poderia cuspir na ferida dela? Seria impossível! Aos olhos dos outros seria loucura eu chegar lá e cuspir na perna dela... E se não desse certo? Se o feitiço para curar não desse certo? Talvez a ferida fosse  apenas uma picada de inseto ou uma infecção mais grave...

- Calma, Dorinha... Não fique assim. Nossa, até parece que você é culpada por isso – brincou Roger para me descontrair.

- Você sabe que não faço mal a ninguém... Não fale assim! – repreendi – Estava descontrolada e não podia falar nada.

- Dorinha... Não falei por mal. Foi para você relaxar, nunca a vi assim alterada... – disse Roger sem graça.

- Desculpa, Roger! No fundo, eu me sinto culpada porque ela não gosta de mim por causa do Brás... Você sabe e nem visitá-la eu posso. – expliquei.

- Olha, o irmão dela é maneiro, meu amigo. Quem sabe dou um jeito de vocês fazerem as pazes! – Roger falou para me animar.

- Olha, pode dar certo... – animei.

- Rô, preciso voltar pra sala, já bateu o sinal. A gente se vê na saída. – despedi-me e voltei para aula.

              
                                                          ****


Domingo


Noite. Sozinha, no meu quarto, fiquei pensando em inúmeras maneiras e possíveis soluções para poder curar a Rubi. Senti-me culpada. Senti raiva daquele feitiço recebido. Feitiço maldito! Chorei. Quis contar tudo para minha mãe. Hesitei. Coincidência ou não, aquela idosa faleceu. As palavras da minha avó escritas naquela carta martelavam na minha cabeça e como espinhos, sufocavam meus pensamentos.

Fiz uma prece prometendo a mim mesma que haveria de encontrar um jeito de curar a Rubi. Tinha convicção disso e adormeci.

                                                ***
            
Era segunda, feriado de Tiradentes.  Mamãe vem me chamar porque Roger está me aguardando.

- Essa hora? – falo rindo.

- O amor não tem hora pra chegar! – brinca mamãe.

- Ok, mãe! Fala pra ele que vou tomar um banho e já vou.

- Pode deixar.

                            ***

- Oi, meu amor... – aproximo de Roger e dou-lhe um beijo. Então ele falou:

- Você não vai acreditar... Falei com o Jordan, irmão da Rubi.
Jordan disse que ela aceitou falar com você porque está com medo de morrer e que não que ir sem antes pedir desculpas para as pessoas.

- Nossa, Roger, obrigada! – vibrei. Vi ali a chance que precisava.

- Vamos então? – sugeri.

- E o  café, minha filha... Fiz o bolo de frutas que tanto gosta. – disse mamãe.

- Na volta, mãe, na volta...

- É, sogrinha – brincou Roger- quando sua filha cisma com algo, tem quer ser na hora e do jeitinho dela...


- Vamos! – falei puxando Roger pelas mãos.


                                           ***


Quando entramos no quarto da Rubi, senti-me mal pelo forte odor. A ferida da perna parecia putrefata.  Encobri meu enjôo e aproximei-me da Rubi. Tive piedade dela. Antes bela e vaidosa ali esquelética em menos de uma semana...

- Oi, Rubi... – iniciei - ...Senti sua falta no colégio.

- Verdade? – ela quis saber.

- Claro! Você é animada, barulhenta, faz falta! – falei para animá-la.

- Puxa, Dorinha... Você me faz sentir horrível! – disse começando a chorar.

- Não diga isso, querida... Não tenho nada contra você. Nem mágoa, acredite-me. – consolei.

- Você sabe, né Dorinha, como eu gosto do Brás... E ele foi logo se apaixonar por você. Fiquei com ciúmes. – revelou.

Naquele momento tive tanta compaixão dela, parecia uma criança indefesa, bem diferente da Rubi dura e forte como um rubi do seu nome. Nesse momento, a mãe da Rubi entra para fazer o curativo. Num momento raro de graça divina, pensei em algo que poderia dar certo. Falei para mãe da Rubi:

- Dona Jade, deixa que eu faço o curativo dela... – pedi.

- Você, Dorinha? É meio difícil de fazer, além do cheiro... – falou dona Jade.

- Não me importo... Eu já trabalhei na creche e ajudei no asilo cuidando de idosos machucados... – menti.

Roger me olha admirado e desconfiado. Percebo que ele quer falar algo e antes que estragasse meus planos, disse:

- Roger, será que podia nos deixar a sós... Preciso falar umas coisas com ela...

- Claro. Estarei jogando game com Jordan. – disse retirando-se.

Tenho uma frase que criei e que costumo usar para mim mesma. Frase que carrego para ajudar a resolver coisas, aparentemente impossíveis. E foi ela quem me ajudou a salvar a vida da Rubi. “DÁ-ME PROBLEMAS, DOU SOLUÇÕES.” Acho que firmo tanto pensamento positivo nesta frase que ela dá certo. Então tive uma idéia brilhante para pôr minha saliva na ferida da Rubi. Faria o seguinte: encheria a boca de saliva e no momento de trocar o curativa, simularia uma tosse e “tchu” iria a saliva junto. Dito e feito. Fiz. Rubi nem percebeu. Eu torcendo para que surtisse efeito.

Despedi-me de Rubi com a promessa de voltar outras vezes.


                                                   ***

No dia seguinte, dona Jade veio até minha casa e contou:

- Dorinha, aconteceu algo extraordinário! A ferida da perna da Rubi está cicatrizando rapidamente. Venho agradecer a você. Aquela ferida deve ter sido por mágoa. Como você fez as pazes com a Rubi, ela curou. Muito obrigada, minha filha! – disse eufórica dona Jade.

- Que isso... Deve ter sido o antibiótico que fez o efeito só agora. – insisti.

- Mesmo assim, sua presença foi importante, Dorinha. – dito isso, voltou para casa.

Fiquei muito contente, mas por pouco tempo... Rubi mais disposta, a perna praticamente curada.  Veio em  minha direção, alucinada gritando:

- Feiticeira! Família de bruxas! Desgraçadas! – vociferou – Você pôs feitiço em mim para me matar, sua vagabunda!  Foi só você ir lá em casa que sarei... Você fez isso pra ficar com o meu Brás, bruxa vadia!!! Escrava do diabo!!!

- Por favor, não me ofenda, não fique com raiva de mim!! – implorei temendo que ela adoecesse de novo por conta do feitiço que minha avó havia me prometido... Tarde demais! Rubi começou a sangrar, a ferida estava de novo aberta...

          Meus pais ficaram sem entender nada, coitados... A filha deles, bruxa? Nunca!

- Socorro!!! Bruxa! Você é uma bruxa! Sua avó era esposa do diabo e você é como ela, maldita! – após protestar, Rubi desmaia e é socorrida pelos vizinhos.

A vizinhança inflamada pelas palavras da Rubi começa a jogar pedras em nossa direção, Roger tenta conter, mas é empurrado para fora da casa. Um homem diz:

- Salve sua alma, filho, essa família pertence ao demônio!!!

Não fosse a polícia chegar, seríamos queimados vivos. Meus pais e eu, como as bruxas antigas.


                                                      
                     ***


Na manhã seguinte decidimos que mudaríamos de cidade. Roger ficou para trás. A família dele impediu que ele continuasse comigo – uma bruxa.

        Não sou bruxa. Minha avó quis me preservar, mas me amaldiçoou.

Tento ser uma mulher boa, evitar discórdia para que não me odeiem; não tenham inveja de mim ou ciúmes. Propago aquele ensinamento que diz sobre a lei do retorno. Se você deseja o bem, o bem volta para você; assim como se desejar o mal, ele também retornará... Algumas vezes, o mal retorna duplicado.



Tenha cuidado, leitor, com o que deseja ao próximo. Não me queira mal...

                                                        









                            




Djanira Luz
Enviado por Djanira Luz em 06/10/2008
Alterado em 03/03/2009
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